O que justifica a Cátedra

A UFSC tem uma história importante com as políticas de ações afirmativas: em 2008 implantou a política de ações afirmativas para ingresso de estudantes negros, de escola pública e indígenas na graduação. Em 2012 ampliou para estudantes com deficiência e em 2022 para refugiados. Em 2020 implantou ações afirmativas na Pós-Graduação e em 2023 implantou na Educação Básica. De Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (2017-2023) à Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (2023) é criado o órgão responsável por atuar para o ingresso, a permanência de estudantes e o acolhimento a vítimas de violências raciais e de gênero (estudantes e servidores) no âmbito da universidade. Essas iniciativas fortalecem a importância da Cátedra Antonieta de Barros: educação para a igualdade racial e combate ao racismo entre 2018 e 2021 registrou 2.865 casos de injúria racial. Neste período, 133 casos de injúria racial chegaram ao Poder Judiciário catarinense (PJSC) e 122 pessoas foram condenadas.

  • A existência das mais de 300 células neonazistas ativas que também chegam até as universidades catarinenses fortalece a necessidade da  sociedade brasileira, em especial as universidades, para que construam instrumentos capazes de enfrentar o racismo. ​
  • A UFSC localiza-se no Sul do Brasil, a região quantitativamente mais branca da nação brasileira. Nesta, a população negra representa 19% no Rio Grande do Sul, 17% em Santa Catarina e 33,4% no estado do Paraná (PNAD, 2021).​

  • A população indígena no Brasil soma 896.917 pessoas. Nos três estados do sul do Brasil (PR, SC e RS) essa população constituída pelas etnias: Guarani, Kaingang e Laklãnõ-Xokleng está estimada em 74.945 (IBGE, 2010). É nesse território que mais fortemente se vivencia o impacto das políticas de embranquecimento, do fascismo e do neonazismo.​
  • A Cátedra integra a Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional da UFSC (Resolução Normativa Nº 175/2022/CUn/UFSC) e subsidiará a universidade a desenvolver políticas e programas de caráter pedagógico, preventivo e permanente com estudantes e servidores(as) visando o antirracismo e a equidade racial.​
  • 29 territórios indígenas (Guarani, Xocleng e Kaingang), distribuídos​ em 20 municípios. ​São aproximadamente, 10.369 vivem em terras indígenas e 5672 vivem em áreas urbanas.
  • 21 territórios quilombolas distribuídas em 16 municípios. São aproximadamente, 1350 famílias e 4595 pessoas.
  • Combater o racismo em suas múltiplas dimensões e contribuir com a promoção da igualdade racial na sociedade brasileira;​
  • Reunir esforços interinstitucionais (redes) multidisciplinares para melhor compreender a atuação do racismo na universidade e na sociedade brasileira, por meio da realização de pesquisas e de processos educativos-formativos de agentes antirracistas;​
  • Promover a equidade racial e de gênero nas ciências, universidades e na sociedade brasileira.